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Na sexta-feira, a princesa estava agarrada a caminha de grades. Largou a cama e deu os primeiros passinhos em direcção ao pai. Repetiu várias vezes.
No Domingo, dia 30, estava sentada no chão a agarrar num livro. Levantou-se e andou em direcção aos avós.
Estamos muito babados.
... a família vai toda participar no IV Encontro de Genealogistas do Algarve que se realiza este ano em Faro. As edições anteriores foram em Loulé, Tavira e Portimão.
O programa é o seguinte:
10h00 - Acolhimento e boas-vindas aos Confrades no Hall da Câmara Municipal de Faro, pela Senhora Vereadora da Cultura
10h45 - Visita guiada ao Largo da Sé
11h15 - Visita guiada ao Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique (Museu Municipal de Faro)
13h00 - Almoço no restaurante Dois Irmãos
14h30 - Comunicações na sala do Club Farense:
- Apresentação do livro "Algarve e Algarvios" por Ofir Chagas
- Epigrafia, simbologia e heráldica nas capelas góticas de S. Francisco de Tavira, por Marco Sousa Santos
- Apresentação do projecto Genealogia do Algarve, por Nuno Inácio
- Duas Capas Documentais ou Dois Documentos com Capas, por Fernando Correia da Silva
18h00 - Encerramento dos trabalhos
Resumindo:
- Os Pearl Jam vêm ao Optimus Alive.
- Eu gosto muito de Pearl Jam.
- Os meus melhores amigos vão ver os Pearl Jam.
- O concerto é em Lisboa.
- Os bilhetes custam 50€.
Conclusão:
- Eu não vou ver os Pearl Jam.
Agora vou ali ouvir Alive, Daughter, Yellow Ledbetter, Better man, Last Kiss, etc, e tentar abstrair-me desse facto.
Enfim. Just Breathe.
18 de maio de 2004... neste dia começou uma vida nova... um relacionamento improvável, quer pelas distâncias, quer pela diferença de meios de onde vinha cada um de nós, quer ainda por todos os entraves e resistências familiares...
Mas aqui estamos... 6 anos depois de uma vida em comum... com muitas histórias para contar, com muitos momentos para recordar...
Eis algumas músicas que marcaram a nossa vida há 6 anos atrás...
Música que tocou na primeira noite juntos...
Música que nos fazia lembrar que estavamos longe um do doutro...
Outras músicas que tocavam nos nossos primeiros encontros...
Sim... estas músicas têm pelo menos seis anos... e ainda dizem que os homens nunca reparam nestas coisas... nos pormenores...
Têm sido 6 anos fantásticos... vamos lá a ver se vão continuar assim...
Amo-te...
Filipe
No passado Domingo, a Teresa almoçou bem. A seguir esteve a brincar, mas passado pouco tempo começou a chorar. Não era um chorar de birra, mas sim de dor. Nada a consolava. Tinha a barriga dura. Parecia que queria fazer cócó mas não conseguia. Em casa, por azar, não tínhamos bébégel nem benuron, porque se tinham acabado há pouco tempo e ainda não tínhamos comprado mais. O pai foi à farmácia e eu fiquei com ela. Chorou tanto que acabou por adormecer no meu colo. Quando o pai chegou colocamos um bebegel e demos benuron. Fez cócó mas mesmo assim não parou de se queixar. Resolvemos ir ao Hospital. Pelo caminho, a Teresa parecia outra. Nunca se queixou e ia mesmo a brincar. Resolvemos voltar para trás. Em casa dormitou um bocadinho. Mas já mais no final da tarde, as dores voltaram e ela estava mesmo muito queixosa. Ala para a urgência pediátrica.
Demos entrada ás 18h15. Foi à triagem e da triagem voltamos a sala de espera. Finalmente foi chamada. O médico observou-a e disse que ela tinha a barriga cheia de gases. Mandou fazer um Microlax e para esperarmos que ela fizesse cócó. Assim foi. Normalmente, a Teresa faz assim que se mete um bebegel ou algo do género, mas naquele dia, não. Passado um bocado perguntei ao médico quando é que bastaria. Ele respondeu que era preciso ter paciência e que íamos esperar que ela fizesse naturalmente. Uma hora e quarenta depois fui dizer ao médico que ela ainda não tinha feito e que ainda estava queixosa. Estranhou. Mandou a bebé fazer um RX. Lá fomos nós. Para deitar a Teresa para o RX foi um filme e mantê-la quieta então nem se fala. O médico só me dizia que eu tinha que ter mais força que ela e eu só pensava nas negras que lhe devia estar a fazer ao segurá-la com tanta esforça enquanto ela chorava desalmadamente.
O médico observou o RX. Confirmou a quantidade de gases e mandou-a para outro médico. Este médico observou-a e deu o diagnóstico: Rotavírus. Que anda por aí, que tinham aparecido vários bebés com o mesmo. Mandou então a enfermeira estimulá-la com uma sonda no rabinho. A enfermeira bem tentou mas a única coisa que saiu foi mesmo o Microlax. Passou então a utilizar um tubinho de bebegel e aí começamos a ouvir os gases a sair. Colocaram outro bebegel e fomos esperar que o médico a chamasse. Por esta altura, eram umas 20h, a Teresa já estava cheia de sono e com alguma fome. Dei-lhe um leitinho que ela foi bebericando e foi passando pelas brasas. Finalmente o médico deu alta. Avisou que era provável que ela fizesse diarreia e vómitos e que devia ficar em casa pelo menos no dia seguinte. Se fizesse febre e diarreia dar-lhe muitos líquidos, papa de arroz e iogurtes. Se acontecesse alguma coisa para voltar ás urgências.
A meio da tarde ainda, o pai deu de caras na sala de espera com duas colegas da Teresa, da mesma sala e com a mesma idade. Ambas a queixarem-se do mesmo. Chegamos a estar as três lá dentro à espera, a conversar sobre 'as 3 da vida airada'. A Teresa acabou por melhorar depressa, não fez diarreia nem vómitos e já recuperou o apetite. As colegas continuam sem ir à escola. Será que foi da vacina Rotarix que atenuou os sintomas? Não sei, mas quero pensar que sim.
Relativamente ao desenvolvimento da princesa, convém dizer que finalmente deixou de ser 'comando' e passou a gatinhar como deve ser, mas apenas para distâncias curtas, as mais longas continua a preferir rastejar. Tem 4 dentes.
Na escola contaram-me que não podem colocar outro bebé na aranha que ela faz uma birra brutal. Quer a aranha só para ela.
Não pode ver telemóveis. Adora. Já sabe como colocá-los e diz 'tá?'. Dá-nos o telemóvel para nós também falarmos. Se numa chamada a sério lhe dermos o telemóvel para falar com os avós, ela não quer saber, não abre a boca e atira o telemóvel para longe.
No hospital foi pesada e tinha 8065g.
A consulta de 1 ano será dia 15 de Junho (quase com 1 ano e 2 meses).
Com as notícias que correm a afirmar que se vai subir o IVA 2% e que se vai criar um imposto sobre o subsídio de Natal, ao ler alguns blogs, fico sem saber se rio ou se choro. Definitivamente. Talvez também seja um qb de dor de cotovelo. Qualquer dia deixo de ler blogs, só para não ler das viagens que os outros fazem, dos hotéis impecáveis onde ficam hospedados, dos excelentes restaurantes, das escolas particulares, dos empregos que pagam bons ordenados e a horas decentes com todas as mordomias, das boas lojas com marcas XPTO onde um vestido custa praticamente o meu ordenado.
É verdade que no meio desta crise ainda há quem se esteja a safar muito bem. A verdade é que nos blogs ninguém se queixa. A vida é cor de rosa. Fomos aqui e ali, compramos cozido e frito.
Pois, quem vem a este blog, escusa de sentir dor de cotovelo qb. Cá em casa sente-se a crise. Os magros ordenados cheguem ao fim do mês mas muito esticadinhos e contadinhos. Não há lojas caras, aliás apenas a Teresa tem direito a roupa nova e mesmo essa é da Zippy. Não vamos a restaurantes finos. Muito raramente Telepizza ou McDonald's. A Teresa frequenta uma IPSS sem 'caganices' de qualquer tipo. O meu patrão não paga a horas e, ultimamente, paga às prestações. A Segurança Social anda muitas vezes atrasada e nem me lembro do último recibo de ordenado que me entragaram e o subsídio de Natal ainda não lhe vi a cor. Raramente saímos de casa a qualquer lado. Férias fora não fazemos. Vamos para casas de familiares ou amigos onde tudo fica mais em conta.
Depois de tudo isto, fica-me apenas o alívio de pensar.
- Temos saúde.
- Vivemos felizes uns com os outros.
- Temos uma casa nossa (e do banco). Os meus bisavós, avós e pais só tiveram uma casa deles muito mais tarde.
- Os meus bisavós e avós nunca aprenderam a ler.
- Os meus bisavós e avós trabalhavam no campo, de sol a sol, sem férias, sem mordomias nenhumas e tinham muitos filhos para cuidar.
- Os meus avós e bisavós não tinham dinheiro para lojas. Faziam a roupa em casa e andavam conforme podiam.
- Na nossa casa não se divide uma sardinha por 3, nem se raciona a comida.
- Na nossa casa existem 2 carros. Os meus bisavós e avós nunca tiveram disso.
- A nossa casa está bem abastecida de electrodomésticos, e tem saneamento básico, bem como electricidade e água.
- Ainda conseguimos passear bastante e ir conhecendo o nosso País, coisa que alguns elementos da família nunca conseguiram.
- Temos controlo da natalidade.
- Vivemos num país democrático, embora continuamente em crise. Os meus bisavós e avós ainda são do tempo da Monarquia e da Ditadura, embora continuamente em crise.
Às vezes basta colocar tudo sob outra perspectiva, não é?
A animação começou logo na manhã de dia 1 de Maio, com as prendas das tias Patrícia e Ivone. Tomamos o pequeno almoço e seguimos para a casa do bisavô onde foi a festa. Decoramos a casa e colocamos a comida nas mesas. O avô fez a carne frita e cozeu os camarões. A Teresa almoçou e foi dormir a sesta enquanto nós almoçamos e fomos ao café. Ás 15h00, a princesa acordou e preparei-a com a roupinha nova que tinhamos comprado na Zippy. Às 15h15 começaram a chegar os convidados: basicamente só família, cerca de 25 pessoas e algumas crianças. O meu primo mais velho trouxe mexilhão - que foi assado na brasa na rua - e percebes - marisco típico aqui da zona.
A Teresa ganhou bastantes prendas: brinquedos, um andador da Chicco, muita roupa linda para o Verão, dinheiro. Andou doida com tanta animação e mimo. Fartou-se com comer queijadinhas de laranja. É uma gulosa. Andou de colo em colo.
Foi para a cama já passava das 20h30. A festa terminou ja a rondar as 21h30!
O balanço foi positivo. Gastou-se algum dinheiro mas não tanto como se tivesse feito a festa com organização por alguma empresa. Praticamente toda a gente que convidei esteve na festa e não houve penetras.
A mim, soube-me bem. Gostei de ver o meu avô rodeado pelos filhos, netos, bisnetos e até o trineto. Gostei de ter os meus primos e tios comigo. Gostei de me relembrar que não nos juntamos só em momentos tristes. Aliviou-me um bocadinho da tristeza que o início de 2010 foi com a morte do meu tio paterno primeiro e do meu primo no mês seguinte.
Pela Teresa, tive pena de ter estado presente ninguém da família paterna, mas a distância assim o obriga.
Foi muito bom.